Este projecto de música portuguesa desenha desde 2011 a sua abordagem ao Canto (da terra) e ao Ondo (profundo) da poesia.
Partem de Lisboa, para uma viagem de paisagens sonoras rumo a Sul, com cheiro a almíscar e um coração de amêndoa amarga a palpitar no fundo. A actriz e cantora Tânia Cardoso no corpo e na voz, Rodrigo Crespo na guitarra e composição, João Luís nos ritmos da percussão e Raquel Merrelho nas cordas do violoncelo, apresentam um espectáculo marcado pela portugalidade da tradição reinventada e pelo cantar de poetas que os inspiram, do al-andaluz à lusofonia.
Numa experiência íntima, partilham poemas, cantos (e até estórias contadas) com recriações e composições originais feitas a partir da fragilidade aparente da guitarra acústica. Canto Ondo é a simplicidade de uma viagem musical e cénica sobre as emoções de cantar a natureza, a terra, a pintura e a poesia!
Entre o alto do peito e as campainhas da garganta[1] sopra o álbum de estreia do projecto Canto Ondo, com gravação de José Martins (Trovante, Amélia Muge) e masterização de Tó Pinheiro da Silva (Camané, Dulce Pontes, Mísia) nos estúdios de José Barros/Navegante; Uma edição independente d’ A MONDA Associação Cultural/ Canto Ondo, 2016.
[1] “ Antes que a alma te fuja a galope, entre o alto do teu peito e as campainhas da garganta”,
Ibn Alalame, poeta árabe, Sec. XII